quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TROVOADA, UMA FAMÍLIA DONA DE UM PAÍS E DO PR EVARISTO PAU-MANDADO




São Tomé e Príncipe

Aconteceu nos primeiros dias de Setembro, em São Tomé e Príncipe, país que mais parece propriedade privada do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, coadjuvado pelo presidente pau-mandado, Evaristo Carvalho, daquela suposta república no meio do oceano Atlântico, perto da costa do continente africano. O que aconteceu foi aquilo que é naturalíssimo nos Trovoada daquele país aplicando a frase principal da bíblia da família, “querem, podem e mandam”. Antagónicos à democracia (sempre o demonstraram) recorreram a mercenários ruandeses do exército daquele país africano para impedir deputados dos partidos da oposição de entrarem no parlamento e atemorizar opositores com aquela presença estrangeira armada até aos dentes. Com o descaramento que o caracteriza Patrice Trovoada alega que os mercenários contratados estão no país por motivos de segurança e que o ocorrido no parlamento foi um exercício militar. Siga para o condensado de notícias que pode continuar a ler e assim adquirir conhecimento de como vai a “democraciazinha musculada” do DDT (dono daquilo tudo) santomense, o primeiro-ministro Trovoada e afins, graças também à inércia e cumplicidade do PR pau-mandado Evaristo. Não seria de esperar outra coisa das práticas de Patrice Trovoada desde que foi eleito por uma campanha em que o dinheiro jorrou sem se perceber de onde é que veio. Mas São Tomé e Príncipe possui petróleo e tem de o explorar... 

Como diz o outro: E o povo, pá?! (MM | PG)

Oposição são-tomense acusa Governo de "assalto ao Parlamento"

Militares ruandeses, supostamente autorizados pelo Governo, terão impedido parlamentares da oposição de entrar na Assembleia Nacional em São Tomé. Deputados pedem à comunidade internacional que medidas sejam tomadas.

Os partidos são-tomenses da oposição acusam o Governo do primeiro-ministro Patrice Trovoada de "ordenar o assalto" ao Palácio dos Congressos, onde funciona o Parlamento de São Tomé e Príncipe.

Segundo a oposição, na tarde da última quinta-feira (31.08) um grupo de militares comandados por instrutores ruandeses "tomou de assalto" o Parlamento durante várias horas "barrando a passagem" a quem quisesse entrar e revistando todos os que se encontravam no interior, incluindo as viaturas.

"Estamos a caminhar para uma ditadura militar, estamos a caminhar para um momento altamente perigoso, temos que alertar todo o povo são-tomense, a comunidade internacional para que medidas sejam tomadas", disse esta sexta-feria (01.09) Jorge Amado, dirigente do Movimento de Libertação de são Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), principal partido da oposição, que já pediu a saída dos militares ruandeses do país.

O líder parlamentar do MLSTP diz ter sido "barrado" ao tentar entrar nas instalações do parlamento "por um grupo de militares que estavam sob orientação de instrutores do Ruanda". "Disseram-me que se quisesse entrar tinha que deixar ser revistado, eu e a minha viatura, não aceitei e entramos em discussão", explicou.

Jorge Amado acrescentou que depois de cerca de 15 minutos de discussão e após os militares que barravam a sua entrada "terem consultado o instrutor ruandês", foi autorizado a entrar no recinto do Parlamento, onde tinha uma reunião com outros membros da bancada do seu partido.

"Ao entrar na Assembleia Nacional dei conta que lá dentro estavam pelo menos 60 outros militares, 40% deles devidamente equipados e fardados com coletes à prova de bala, outra parte estava a paisana, mas armados de pistolas", acrescentou.

"Acho esse ato bastante preocupante, e quando acontece numa casa parlamente constitui ameaça a integridade física dos deputados, é algo com a qual a sociedade não pode conviver", salientou o líder da bancada parlamentar dos sociais-democratas em conferência de imprensa, em que estavam presentes representantes de todos os partidos da oposição, com e sem assento parlamentar.

"Ameaça à democracia"

Outro deputado que passou pela mesma situação foi o líder parlamentar do Partido da Convergência Democrática (PCD), Danilson Cotu. "Isso é uma ameaça gravíssima à nossa democracia. Preocupa-nos sobremaneira e por isso nós estamos a chamar a atenção ao povo de São Tomé e Príncipe para que esteja atento", disse.

O PCD insta o Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, para "tomar medidas" sob pena de vir a ser responsabilizado pelas consequências destes atos.

"Estamos mais uma vez a chamar a atenção ao Senhor Presidente da República para que tome medidas em relação a isso porque senão nós vamos ter que responsabilizá-lo pela nossa segurança e pela própria vida da democracia em São Tomé e Príncipe", adiantou Danilson Cotu.

"Estão ainda no nosso país as tropas ruandesas, com conivência do Governo. Nós, os partidos da oposição, não vamos aceitar, vamos continuar a tudo fazer até que essas tropas saiam do país e o nosso país volte a viver o clima de segurança e de tranquilidade que sempre foram apanágio do povo são-tomense", concluiu.

Agência Lusa, tms | em Deutsche Welle

PM são-tomense nega "assalto" ao Parlamento

Após acusação dos oposicionistas, Patrice Trovoada justifica a presença de soldados ruandeses na Assembleia Nacional como "exercício militar".

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, negou que militares comandados por instrutores ruandeses tenham "tomado de assalto" o Palácio dos Congressos, onde funciona o Parlamento, em São Tomé, como acusaram na última sexta-feira (01.09) os partidos da oposição. 

"Trata-se, simplesmente, de um exercício que foi planeado pelas forças de defesa e segurança, nomeadamente da proteção de segurança da Presidência da República", disse este sábado (02.09) Patrice Trovoada, que considera "uma fantasia" a alegação sobre o envolvimento de tropas do Ruanda neste exercício.

O primeiro-ministro assegurou que foi pedida autorização aos serviços administrativos da Assembleia Nacional para, depois das horas de expediente, ser feito "um pequeno exercício que faz parte da capacitação das forças, cuja missão é de proteção dos dirigentes e das instituições do Estado".

Patrice Trovoada, que falava à margem da inauguração de um depósito de água, na Vila de Ribeira Afonso, cerca de 20 quilómetros a sul de São Tomé, admitiu que "pode ter acontecido que um ou outro deputado não tenha sido informado" sobre esse exercício.

No seu entender, é preciso não "fazer drama", já que é um assunto "perfeitamente normal". "Em qualquer país que funciona, em qualquer Estado organizado isso acontece", sublinhou, justificando que uma das missões destas forças de segurança é proteger os edifícios e que "essas missões só podem ocorrer se houver um plano de segurança".

"É preciso perceber que num mundo em que há muitas ameaças nós temos que estar preparados para lidar com elas", acrescentou o chefe do executivo são-tomense.

Apelo ao Presidente

Numa conferência de imprensa conjunta, na última sexta-feira, os nove partidos são-tomense da oposição, três dos quais com assento parlamentar, acusaram o Governo de Patrice Trovada de "ordenar o assalto", na quinta-feira, ao Palácio dos Congressos.

"Estamos a caminhar para uma ditadura militar, estamos a caminhar para um momento altamente perigoso, temos que alertar todo o povo são-tomense, a comunidade internacional, para que medidas sejam tomadas", disse Jorge Amado, dirigente do Movimento de Libertação de são Tomé e Príncipe (MLSTP), principal partido da oposição.

"Estamos mais uma vez a chamar a atenção ao senhor Presidente da República para que tome medidas em relação a isso, senão nós vamos ter que responsabilizá-lo pela nossa segurança e pela própria vida da democracia em São Tomé e Príncipe", disse, por seu lado, Danilson Cotu, líder da bancada parlamentar do Partido de Convergência democrática (PCD).


Agência Lusa, tms | em Deutsche Welle

Imagem: Patrice Trovoada e mercenários militares contratados

Sem comentários:

Mais lidas da semana